EXTENSÃO UNIVERSTÁRIA

A transposição dos muros universitários, com vistas à aplicação dos conhecimentos e do capital humano existente no meio acadêmico, sempre foi um grande desafio e uma necessidade, especialmente nos países mais pobres, carentes de iniciativas socialmente responsáveis e de ações que visem a diminuição das desigualdades. Por isso, a extensão universitária deixou de ser apenas uma dimensão do processo de ensino e de formação de profissionais, tornando-se uma importante ferramenta de intervenção social e de transformação da realidade.
Por outro lado, o trabalho de construção da cidadania realizado pelas universidades, além de provocar mudanças sociais, também oportuniza aos acadêmicos uma experiência existencial e de formação para a cidadania que marcará suas carreiras e suas vidas para sempre, criando e difundindo um senso de responsabilidade social cada vez mais indispensável à construção de uma sociedade menos desigual e mais equilibrada.

PROJETO RONDON

Criado em 11 de julho de 1967, o Projeto Rondon tinha como objetivo promover o contato de estudantes universitários voluntários com o interior do país, através da realização de atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas. Depois de alguns anos extinto, o Projeto foi retomado em 2005 por solicitação da União Nacional dos Estudantes (UNE) e, neste cenário, os valores e objetivos pretendidos sofreram reformulações.
Atualmente, o Projeto visa a integração social com a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades e ampliem o bem-estar da população, bem como tenta aproximar esses estudantes às diversas realidades existentes em nosso País; além de contribuir para o desenvolvimento das comunidades assistidas.
Neste sentido, a perspectiva dessa iniciativa foca-se na estratégia de melhoria da qualidade de vida desses cidadãos brasileiros, por meio do trabalho, conhecimento e experiências trazidos pelos estudantes; assim objetivando proporcionar mais oportunidades para seus cidadãos.
Dadas as desigualdades existentes em nosso país, desenvolver e implementar ações de proteção e inclusão social, estratégias de desenvolvimento que têm como prioridade àqueles que vivem em condições de pobreza e de vulnerabilidade na sociedade, são alguns dos alicerces desse Projeto. Também tem-se o entendimento de que, auxiliar o Estado na consecução de seus objetivos é uma das funções de todo cidadão comprometido com seu país e com o futuro da sociedade como um todo. Eis que com esses valores cabe-nos a ênfase do Projeto proposto junto à sociedade brasileira.
Criar propostas de ações e esforços multilaterais para enfrentar desafios dissonantes à nossa realidade habitual, converte-se na promoção e fortalecimento das ações que visam a cooperação na construção de um mundo mais justo e socialmente igualitário. Entende-se que para se alcançar um desenvolvimento social adequado à sociedade mundial, só é possível quando se estabelecem ações que aperfeiçoem a forma como os componentes de um conjunto interagem entre si e com o meio externo; ao qual se integram. Por fim, o desenvolvimento social é possível quando todos os componentes de uma sociedade se tornam co-partícipes das propostas de ações pretendidas e se agregam, mutuamente, para concretizá-las.